Reunido o Conselho
Estadual de Cultura. Estive presente, por convite do desembargador Luís Lopes
Sobrinho, seu ilustre presidente. Objetivo da reunião: examinar a situação dos
conselheiros face a dispositivo da Constituição Estadual (adaptada), que exige aprovação
da Assembléia Legislativa para a nomeação de membro do Conselho. Bem se
discutiu o assunto. Houve idéia geral: o dispositivo vigorará na escolha de
novos membros, respeitando-se os atuais. Ainda assim, deliberou-se, por questão
de escrúpulo, enviar consulta a quem de direito.
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Alvina Gameiro, faz
poucos dias, veio a Teresina. Objetivo: apresentar ao Piauí, numa noite de
convivência com amigos, com intelectuais, com jornalistas, com gente amável, o
seu último livro, nomeado "Quinze contos
que o destino escreveu". O jornalismo da terra registrou o episódio,
com muita simpatia, enaltecendo-o como dos mais bonitos da vida intelectual e
espiritual de Teresina. Fiz a apresentação do livro. Situei-o na qualidade de
expressiva concepção literária. Alvina, depois, emocionada, rica de sentimentos
bons, prestou agradecimento leal e sincero aos seus conterrâneos do Piauí. Dos
gêneros literários, o conto, de feito, é o mais difícil de executar, por razões
várias. Pois a escritora executou quinze histórias com muito talento. Estilo
livre, gracioso, a gente diria estilo enxuto. Linguagem asseada, de encantadora
simplicidade. Conteúdo humano. Os tipos que desfilam nas narrativas são
nítidos, tirados da vida, copiados da realidade. Alvina, em cada livro, mais se
aperfeiçoa. Dela li um romance e uma coleção de poesias. Agora lhe leio os
contos, e convenço-me da presença de escritora amadurecida, capaz de concepções
literárias ainda mais fortes. Parabéns ao Piauí, que se enriquece da
inteligência de sua ilustre filha.
In: TITO FILHO, A.
Caderno de anotações. Jornal do Piauí,
Teresina, p. 2, 13 fev. 1971.
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