Helvídio Nunes de
Barros (Govêrno do Piauí) e Simplício de Sousa Mendes (Academia Piauiense de
Letras) assinaram acôrdo, há três anos, mais ou menos. Pelos têrmos do acôrdo,
a Casa Anísio Brito passava a ser administrada pela Ilustre Casa Companhia, e o
Presidente desta era o diretor-geral daquela. Assim aconteceu. Como presidente
da Academia, Simplício assumiu a direção da Casa Anísio Brito, e nela se
conservou até morrer (princípio de janeiro de 1971). O convênio
Govêrno-Academia vigorava até 15-3-1971, data do término do quadriênio
governamental iniciado por Helvídio. Na qualidade de Secretaria Geral da
Academia, assumi a sua presidência com o desaparecimento de Simplício e
tornei-me diretor-geral da Casa Anísio Brito. Em virtude de encontrar-me no exercício
do cargo de Secretario de Educação e Cultura, foi designada a competente
servidora Irene Barros para administrar o órgão cultural - e a referida
funcionária ainda ali se encontra. Esclareço que não percebi real de
vencimentos. O acôrdo Helvídio-Simplício estabeleceu que a vigência poderia ser
prorrogada por mais outros períodos governamentais, desde que as partes
aquiescessem. Mas à Academia não interessou preitear a prorrogação e pediu ao
governador Alberto Silva que, a partir de 16-6-1971, recebesse a instituição.
No ofício que dirigi
ao Chefe do Poder Executivo, prestei as informações acima e esclareci: "Ressalte-se que procurei dar à Casa Anísio
Brito, de janeiro a esta data, organização melhor, inclusive obtendo com o
Instituto Nacional do Livro curso de aperfeiçoamento de pessoal, realizado em
janeiro, com excelentes resultados e oferecido por professôres capazes, vindos
do Estado da Guanabara (professôres enviados pelo Instituto Nacional do Livro).
Ainda se conseguiu carro-biblioteca, que percorre os bairros de Teresina,
levando o livro atualizado a quem queira efetivar boa leitura. Êsse carro vem
sendo orientado por duas cursistas - Berenice Azevedo e Eliane Paiva e Silva”.
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As metas para a
Educação Piauiense (sic), proclamadas pelo governador Alberto Silva e
elaboradas pelo Ministério da Educação, constituem uma incongruência.
Desacredito que a capacidade administrativa de Alberto aprove tais tolices, que
haverei de discutir, nesta coluna, oportunamente.
X X X
José Gayoso Freitas,
presidente ilustre do Conselho Estadual de Educação, regressou dos Estados
Unidos. Curso de liderança na Universidade de Loiola (Nova Orleans). Fui
convidado para dêle participar. Desisti porque eram grandes as
responsabilidades na Secretaria de Educação. O Piauí estêve muito bem
representado. José Gayoso, de forte personalidade, mestre de inteligência
aprimorada, ilustrou o encontro, nos Estados Unidos, de brasileiros de muitas
paisagens.
In: Tito Filho, A.
Caderno de anotações. Jornal do Piauí,
Teresina, p. 2, 20 mar. 1971.
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