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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

CADERNO DE ANOTAÇÕES (162)

Helvídio Nunes de Barros (Govêrno do Piauí) e Simplício de Sousa Mendes (Academia Piauiense de Letras) assinaram acôrdo, há três anos, mais ou menos. Pelos têrmos do acôrdo, a Casa Anísio Brito passava a ser administrada pela Ilustre Casa Companhia, e o Presidente desta era o diretor-geral daquela. Assim aconteceu. Como presidente da Academia, Simplício assumiu a direção da Casa Anísio Brito, e nela se conservou até morrer (princípio de janeiro de 1971). O convênio Govêrno-Academia vigorava até 15-3-1971, data do término do quadriênio governamental iniciado por Helvídio. Na qualidade de Secretaria Geral da Academia, assumi a sua presidência com o desaparecimento de Simplício e tornei-me diretor-geral da Casa Anísio Brito. Em virtude de encontrar-me no exercício do cargo de Secretario de Educação e Cultura, foi designada a competente servidora Irene Barros para administrar o órgão cultural - e a referida funcionária ainda ali se encontra. Esclareço que não percebi real de vencimentos. O acôrdo Helvídio-Simplício estabeleceu que a vigência poderia ser prorrogada por mais outros períodos governamentais, desde que as partes aquiescessem. Mas à Academia não interessou preitear a prorrogação e pediu ao governador Alberto Silva que, a partir de 16-6-1971, recebesse a instituição.

No ofício que dirigi ao Chefe do Poder Executivo, prestei as informações acima e esclareci: "Ressalte-se que procurei dar à Casa Anísio Brito, de janeiro a esta data, organização melhor, inclusive obtendo com o Instituto Nacional do Livro curso de aperfeiçoamento de pessoal, realizado em janeiro, com excelentes resultados e oferecido por professôres capazes, vindos do Estado da Guanabara (professôres enviados pelo Instituto Nacional do Livro). Ainda se conseguiu carro-biblioteca, que percorre os bairros de Teresina, levando o livro atualizado a quem queira efetivar boa leitura. Êsse carro vem sendo orientado por duas cursistas - Berenice Azevedo e Eliane Paiva e Silva”.

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As metas para a Educação Piauiense (sic), proclamadas pelo governador Alberto Silva e elaboradas pelo Ministério da Educação, constituem uma incongruência. Desacredito que a capacidade administrativa de Alberto aprove tais tolices, que haverei de discutir, nesta coluna, oportunamente.

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José Gayoso Freitas, presidente ilustre do Conselho Estadual de Educação, regressou dos Estados Unidos. Curso de liderança na Universidade de Loiola (Nova Orleans). Fui convidado para dêle participar. Desisti porque eram grandes as responsabilidades na Secretaria de Educação. O Piauí estêve muito bem representado. José Gayoso, de forte personalidade, mestre de inteligência aprimorada, ilustrou o encontro, nos Estados Unidos, de brasileiros de muitas paisagens. 
 


In: Tito Filho, A. Caderno de anotações. Jornal do Piauí, Teresina, p. 2, 20 mar. 1971.

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