Altevir Alencar,
poeta piauiense, nome nacional, publica livros desde 1956: "Sonho e Realidade", "Eterno Crepúsculo", "Poema da Solidão", "Poemas para Quem Sabe Amar" - uns
editorados em Recife, a maior parte em Fortaleza. Está preparando: "Ouvindo, Vendo e Narrando"
(crônicas) e "Do Caderno de Um Boêmio" (poesias). Viajou recentemente
a terras e mais terras em busca de dados objetivos para uma interpretação:
"Lampião: Herói ou Covarde?".
As últimas publicações dêsse poeta, deveras dos melhores, foram "Dentro de Mim" (poesias), que
prefaciei, para atestar: "Neste
livro se encontram mais etums mais preocupações. Há nêle a noite, a sombra,
pressentimentos de amarguras infinitas, raios de lua, agonias de morte, frio do
nada, névoas, rendas virginais, visões e lendas, vozes veladas, ingenuidades e
melancolias, a paisagem e o homem, a crença e a descrença, Deus e a maldade das
criaturas - há a vida, enfim, resumida num clima estético de lirismo
permanente, um ritmo musical próprio da tradição artística". E outro livro
- "Alguma Poesia", que êle
assim me ofereceu: "A meu velho e
querido amigo Tito Filho mais esta fôlha arrancada da árvore da minha vida".
A obra nada fica a dever as anteriores. Sempre o mesmo Altevir eloquente com as
cousas simples, com a vida plena de defeitos e qualidades. Por determinação do
governador Clímaco de Almeida foram adquiridos, pela Secretaria de Educação,
quatrocentos exemplares de "Alguma
Poesia”, para distribuição por colégios, grêmios, jornalistas,
intelectuais, pessoas do povo. Objetivo; homenagear o poeta conterrâneo e
difundir as boas letras. A respeito da última obra de Altevir recebi: "Prof. Tito Filho. Com muita honra
agradeço-lhe a lembrança de "Alguma Poesia", pois não apenas vi e li
alguma cousa, mas várias e boas poesias. Muito obrigado mesmo. Faço preces para
uma existência prolongada, dedicada, até agora, a serviço da cultura e da
educação dos piauienses. a) Olímpio Guilherme".
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Leitura recomendada:
"Rio Sêco", de Pereira
Nóbrega. A bondade de Maria Helena de Sousa Martins (Instituto de Nutrição da
Universidade de Recife) me ofereceu essa preciosidade. Livro (romance) forte.
Tema: o abandono do campo, o atrativo das cidades. Sofrimento e tragédia.
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De onde vem a palavra
CIGANO? Respondam os doutores. Fêz-me consulta, uma feita o saudoso Álvaro
Ferreira. Pesquisei e muito pesquisei. Ofereci esta sugestão minha: talvez o
vocábulo seja de proveniência romena, TSIGANI, uma vez que o grupo TS nessa
língua se pronuncia como o Z italiano: TSIGANI-ZIGANI-CIGANE-CIGANO. Palpite,
apenas. Em palavras de outras línguas o I e o E finais fracos adaptam-se às
desinências do masculino ou feminino, quando transladadas para o português.
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Sessenta mil alunas
das escolas primárias no Piauí não possuem carteiras para sentar-se. Fiz tudo
para prover as escolas dêsse equipamento. Em 1970 mais de dez mil carteiras
foram distribuídas no princípio de 1971, umas quatro mil foram entregues às
unidades escolares.
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Professôres de mérito
(Frotas Pessoa, A. Coutinho, Dárdano Lima, Maria José Lima, André Furtado,
Luísa Matos, Elizabeth Mansur) escreveram "Biologia-Nordeste" - livro para a compreensão de problemas
científicos e humanos da zona que habitamos. Recebi exemplar gentilmente
ofertado pelo prof. Pedro Vasconcelos Filho.
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Lordello esclarece:
nas grandes cidades de países em desenvolvimento há grupos populacionais [que]
vivem à margem que um centro urbano pode oferecer. Vivem em habitações
precárias localizadas em áreas em degenerência. Não dispõe dos equipamentos
básicos como água, esgôto, iluminação pública, calçamento. são complexas as
causas dessa marginalidade. Daí a razão pela qual sugeri ao ilustre prefeito
Joel Ribeiro que, em vez de tornar luxuosa a avenida Getúlio Vargas voltasse a
atenção para os bairros e subúrbios marginalizados de Teresina. Seria obra de
urbanização, mais do que isto: obra humana e social. Quem quiser veja a lama da
periferia (inverno) e a poeira da periferia (verão). Continua o apêlo.
In: TITO FILHO, A.
Caderno de anotações. Jornal do Piauí,
Teresina, p. 2, 31 mar. 1971.
Caro Jordan, sua dissertação está sendo de grande valia para mim, estou usando-a como referência no meu texto de qualificação. Acompanho sempre o blog ! Estou usando o Caderno de Anotações no meu texto de qualificação! Pois trabalho com a década de 1970 inteira! Adorei ver o blog atualizado <3
ResponderExcluirlegal.....
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