CARNAVAL - Para
orientação de José Marques de Oliveira: o carnaval tem sido atribuído muitos
étimos diferentes. Morais lhe dá origem italiana (carnavale ou carnevale).
Figueiredo acolhe a opinião de Korting: a fonte de carnaval é CARRUS e NAVALIS,
que dariam os elementos CAR e NAVAL para a formação da palavra. Korting talvez
se referisse aos carros alegóricos característicos dos festejos carnavalescos.
Diez sugeriu a derivação de duas palavras latinas: caro, carnis (carne) e vale
(adeus). Sugestão fantasiosa, não resta dúvida.
Bouillet adotou o
latim CARO e o francês AVALE, sem base histórica.
Nascentes oferece o
étimo italiano carnevale, mas observa que é duvidosa a origem do vocábulo,
tempo a partir do qual a Igreja suprime o uso da carne.
Petrochi apontou como
étimo o baixo-latia CARNELEVAMEN, interpretado por Stappers como CARNIS
LEVAMEN, prazer da carne, antes da tristeza e continência da quaresma.
Na "História da Língua Latina", de
Stolz, tradução espanhola, obra editada em 1922, há êste depoimento: "Los restos de poesia religiosa contenidos em
los Carmina Solisraya e en el Carmen Arvale son los más antiguos testimonios
del idioma latino conservados en la literatura. Los primeros se cantaban,
acompanados de danzas, por los sacerdotes de los salios durante las solemmes
procesiones de marzo y octobre; los segundos, por los FRATRES ARVALES. Eron
estos uma hermandad rural que decia el agrado cantico en el bosque de la Dea
Dia, divinda campestre; la cerimonia se celebraba en el templo de la diosa, a
puerta cerrada y con acompanamiento de danzas".
Não estará a origem
do carnaval nesse canto dos irmãos arvales, irmãos do campo, de que dá notícia
Stolz?
AS NOTAS - 1) Nomeado
o conquistador de primeiro lugar no concurso de Vigilantes de Menores do
Tribunal de Justiça do Piauí: João Batista Gonçalves de Lima. 2) Grato às
mensagens natalinas dos prezados amigos Edson Pires e Joselino Sousa Lima. 3) O
Conselho de Cultura do Piauí, reunido sob a presidência de Simplício Mendes e
com a presença de Aurino Nunes, Luís Lopes Sobrinho, Felício Pinto, Celso
Barros Coelho, A. Tito Filho e José Gayoso Freitas, deliberou, por unanimidade,
dirigir expediente ao general Umberto Peregrino, presidente do Instituto Nacional
do Livro, com a solicitação de que seja publicada, nessa entidade do govêrno
federal, o livro "Antologia de
Sonetos Piauienses", de Félix Aires.
In: TITO FILHO, A.
Caderno de anotações. Jornal do Piauí,
Teresina, p. 2, 22 jan. 1970.
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