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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CADERNO DE ANOTAÇÕES (69)

DA CORRESPONDÊNCIA - Do causídico inteligente e culto José Nicod*mos Ramos, em data de 20.2.70, de Brasília: "Arimathéa, meu abraço. Acuso recebida a bem elaborada Revista da Academia Piauiense de Letras, edição comemorativa do cinqüentenário de um sodalício que em mais de meio século de profícua existência intelectual se há firmado na simpatia e no conceito do povo piauiense, nada ficando a dever, pela sua estrutura e organização e pela magnitude dos cultos que a integram - quais luzeiros da glória e da imortalidade - às suas demais congêneres de outros Estados da Federação.

"Li e reli suas páginas, detendo-me sobremodo no discurso de sua posse, verdadeira obra-prima, de oratória e de literatura, pela graça e leveza de um sitio que o credenciam e o qualificam como jornalista e escritor aprimorado, cuja pena se há colocado, no curso de sua vida, a serviço da Academia e das Letras de nossa terra.

"A leitura de páginas tão belas dominou-me a emoção, demorando-me na análise e na crítica desenvolvida pelo nôvo Acadêmico sôbre a personalidade e a vida de seu ilustre e saudoso pai, meu ex-professor, civilista dos maiores que conheci, individualidade marcante nas letras jurídicas e literárias do Piauí. Permita-me a digressão: ninguém mais honrou o magistério e a judicatura, emprestando a sua extraordinária colaboração e inteligência a serviço da sociedade e da comunidade  a que serviu, com dedicação, com amor, com coragem cívica e moral e invulgar brilhantismo.

"A Revista focaliza, pelos discursos que nela se contém, cada qual mais joeirado e escorreito, quer do ponto de vista da linguagem limpa e pura, quer pelos conceitos, emitidos a respeitos dos que dela fazem parte aspectos e facetas interessantes, ângulos e contornos que me deleitaram o espírito e a acuidade intelectual.

"Parabenizo-o, pois, pela feitura e elaboração da obra, permitindo-me ainda lembrar-lhe transmitir aos demais componentes da direção da Casa, em particular ao meu dileto amigo e colega Celso Barros, os votos e os desejos de prosseguimento no caminho e na senda traçada por essa nobre e tradicional Casa, desde os idos de 1917".


A. Tito Filho, 21/03/1970, Jornal do Piauí  

* Apagado no original

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