CORRESPONDÊNCIA - Ildinê Felício Borges lecionou em Teresina, com inteligência e segurança. Apesar de professôra do ensino Primário, ingressou mais no Ensino Médio (Ciências). Agora me escreve ela de São Paulo, com data de 6 de outubro: "Escrevo ao grande idealista, à nobre pessoa humana que é o senhor, culto, preparado, inteligente, verdadeira sumidade, pois é a minha opinião a seu respeito. Desejava fazer-lhe uma primeira pergunta: por que os diplomas da Escola Normal Antonino freire não são válidos em São Paulo, se o Piauí também é Brasil? Será orgulho dos paulistas contra os nordestinos? O nordestino aqui só vale para dar duro na indústria, no trabalho pesado. O nosso diploma em Brasília é bem aceito. Até para lecionar por contrato o paulista exige que se estude aqui dois anos numa escola normal, como qualquer estudante. Depois, concurso e, se a gente vai aprovada, necessita de pistolão para contratação, possivelmente para o interior. No dia 11 de outubro haverá concurso. Inscreveram-se 26.462 candidatas para 2.600 vagas".
OBSERVAÇÃO: Sou gratíssimo às referências elogiosas que me faz a colega bondosa Ildêne. Dou-lhe esta resposta: a validade do diploma de um Estado noutro (parece-me) depende da respectiva legislação estadual.
AS NOTAS
1) Vitória da Associação de Medicina do Piauí: o II Congresso Médico. Parabéns aos dignos dirigentes dessa entidade e grato ao convite que me foi feito para as solenidades. Houve ainda recepção do Governador e senhora aos médicos, em Carnaque.
2) Casaram-se, em Brasília, Antônio da Rocha Andrade Júnior e Maria das Graças Guilarducci Moreira. O jovem Antônio representa uma das mais nítidas inteligências cultivadas do Piauí lá fora. Parabéns e agradecimentos pelo convite.
3) Da Secretária de Educação do Rio Grande do Norte (Zilda Lopes do Rêgo, em exercício), recebo o Programa de Ensino Primário Elementar, trabalho de grande valor.
A. Tito Filho, 04/11/1970, Jornal do Piauí
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