Determinação de
Karla: "Diga os motivos que desencadearam
as duas grandes guerras mundiais, bem como os países que nelas tomaram parte".
RESPOSTA. Primeira Grande Guerra. Motivos: antagonismos germano-eslavo nos Bálcãs,
ambições coloniais da Alemanha, pretensão de a Alemanha influir no Oriente e a
CORRIDA ARMAMENTISTA. Países: de um lado, Alemanha, Áustria-Hungria, Turquia,
Bulgária. Do outro lado, França, Itália, Romênia, Estados Unidos, Grécia,
Portugal, Brasil, China, Sião. Início da guerra: 28.7.1914. Final: onze de
novembro de 1918 (Tratado de Versalhes). Segunda Grande Guerra. Causa
principal: imperialismo, dominação de mercados. Países: de um lado, Polônia,
Inglaterra, França, Rússia, Estados Unidos, China, Brasil e os países ocupados
pela Alemanha e pela Itália (Dinamarca, Grécia, Noruega, Bélgica, Holanda,
Luxemburgo, Iugoslávia, Checoslováquia, Abissínia). Do outro lado Alemanha,
Itália, Japão, Hungria, Romênia e Bulgária. Início: primeiro de setembro de
1939. Final: oito de maio de 1945. Continuou lutando o Japão até agôsto, quando
das bombas atômicas sôbre Hiroxima e Nagasáqui.
X X X
REVISTA PLACAR, de
31-12-71. Informação: "Apenas o
Santa Cruz, tricampeão de Pernambuco e com um presidente milionário, não mostra
muito entusiasmo em acompanhar a linha de ação de seus principais adversários.
James Thoro (presidente), com cêrca de um milhão enfiado no clube, reconhece
que os concorrentes estão certos, inclusive porque os salários do Santa vivem
atrasados" (página 32). Na mesma página: "No Sport club Recife o exame das contas feito pelo conselho
deliberativo foi o suficiente para mostrar a necessidade de seguir novos
caminhos no próximo ano. Os gastos de 1971 foram muito altos e as campanhas
desportivas não corresponderam". OBSERVAÇÃO. Essas situações são de
quase todos os clubes brasileiros. Veja-se: nas grandes cidades. Enquanto, com
um futebol pobre, Teresina vai possuir estádios para sessenta mil pessoas.
Ainda na página
referida escreve PLACAR: “O Atlético
Mineiro não perdeu a oportunidade. Recebido em palácio para comemorar o título
de campeão do Brasil, soprou no ouvido do governador Rondon Pacheco que o
melhor presente seria a de devolução do Estádio Antônio Carlos, em
reconhecimento aos RELEVANTES SERVIÇOS prestados ao Estado".
Arremata a notícia:
"O engraçado da estória é que o
estádio foi vendido ao Estado pelo próprio Atlético, no ano passado, para pagar
suas dívidas e levantar o clube".
Informa a mesma
revista, páginas 38 e 39:
- O jôgo Corinthians
e América deu apenas dezessete mil cruzeiros.
- O último Fla-Flu,
no Maracanã, rendeu apenas cinquenta e três mil cruzeiros.
OBSERVAÇÃO. Êsses
clubes referidos têm grandes torcidas organizadas. Mas não há renda. Quando uma
disputa Flamengo e Fluminense, no Maracanã, arrecada apenas cinquenta e três
mil cruzeiros, está confirmado o que venho asseverando: os estádios monstruosos
vivem secos de gente.
Observe-se mais esta
notícia da revista, na página 34: "Um
ditado muito velho diz que NO CEARÁ NÃO TEM DISSO NÃO. Mas na realidade, no
Ceará acontecem cousas que só lá mesmo. Agora o Calouros do Ar sagrou-se
campeão da Taça Governador do Estado por WO. O Ceará, o Ferroviário e o
Fortaleza resolveram desistir da rodada final. É o velho problema da falta de
rendas".
É o que tenho dito e
repito. Renda de jôgo de futebol está difícil. Em Teresina, jogos empolgantes
entre o River e o Flamengo, vão a vinte mil cruzeiros.
A publicidade do
Albertão atesta que pululam estádios fabulosos no Brasil. Não é assim. Há o de
Manaus. Vive sêco. O de Fortaleza está desafiando a César Cals. Monstruosidade
inacabada. O de Natal vive às moscas. Não há governo que queira concluí-lo.
Disse-me Rodrigues Filho que o governador das Alagoas não sabe que fazer do
Pelezão. Vivem secos o Maracanã e o Mineirão.
E o Batistão, de
Aracaju? Passo a palavra a Cilson Rosemberg, da revista PLACAR, edição de 31 de
dezembro de 1971, página 34:
"Na hora de fazer o estádio grandioso,
ninguém pensou no tamanho dos clubes, no número de torcedores, na atração que o
futebol representa para os habitantes da cidade. Por isso, aconteceu: o
Olímpico resolveu realizar um jogo amistoso no Batistão - um elefante branco:
capacidade para cinquenta mil espectadores - e convidou o Vasco Esporte Clube.
tudo acertado, os dois clubes fizeram muitos planos de renda de um domingo de
estádio cheio. Moral da história: apenas SETENTA E SEIS torcedores pagaram
ingresso. Renda total: trezentos e dez cruzeiros. Foi quando a Federação
Sergipana resolveu tomar a frente do negócio. Pagou tôdas as despesas e os
clubes ainda receberam, cada um, Cr$ 1,62 (um cruzeiro e sessenta e dois
centavos de gorjeta. Ficou a lição: não adianta estádio grande para futebol
pequeno. Será que êles a aprenderão? Parece que não".
TITO FILHO, A.
Caderno de anotações. Jornal do Piauí,
Teresina, p. 6, 06 jan. 1971.
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