A "Antologia de Sonetos Piauienses", que Félix Aires organizou com talento para homenagear esta terra, abriga o soneto "Árvore Velha", concebido pela inteligência de Raimundo da Costa Ribeiro:
Árvore velha, esqueleto apenas,
chacoalhando ao vento
Fantasma dos passarinhos... Árvore velha, sêca,
miserável, moribunda, resquicio de vida.
Quem diria que nesta manhã
me surpreendesses, verde, coberta de fôlhas,
e tôda enfeitada de flôres amarelas?
Árvore renovada,
amiga dos passarinhos,
filha dos caprichos da natureza,
te acabrunhas, murchas,
floresces de nôvo, e eu envelheço,
sucumbo, e não floresço mais!...
A. Tito Filho, 24/09/1970, Jornal do Piauí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário